Uma nova solução pode ser proveniente de uma fonte completamente inesperada (uma fonte que até pode estar presente no seu jantar de hoje). “Analisando a estrutura da membrana mais complexa encontrada numa planta, decifrámos uma membrana com uma complexa estrutura proteica, que é o núcleo do nosso modelo proposto para o desenvolvimento da energia ‘verde’”, explica o biólogo Nathan Nelson do Departamento de Bioquímica da Universidade de Tel Aviv. O mesmo investigador sugere que isolando os cristais do supercomplexo Photosystem I (PSI) da ervilha, pode ser possível usá-los para iluminar com pequenos carregadores de baterias. Pequenas partículas A Nanociência é a ciência das pequenas partículas de materiais e é uma das fronteiras mais importantes da investigação em tecnologia moderna. Na Natureza, o posicionamento de moléculas com precisão é a rotina e crucial para o funcionamento dos complexos biológicos, tais como os fotossintéticos. A investigação de Nelson centra-se sobre este aspecto.Para gerar energia útil, as plantas têm evoluído com ‘nano-mecanismos’ muito sofisticados, que operam com a luz como fonte de energia e com um rendimento quântico a cem por cento. O complexo PSI foi isolado das folhas de ervilha e cristalizado. A estrutura cristalina de alta resolução determinada pelo investigador permitiu-lhe descrever em detalhe a sua estrutura. “Este estudo tem como objectivo chegar perto de atingir a produção de energia que as plantas podem obter do sol para converter os açúcares nas folhas verdes”, afirma o bioquímico. Trocas de energias Descrita em 1905 por Albert Einstein, a física quântica e os fotões explicam os princípios básicos de como a energia funciona − uma vez que a luz é absorvida nas folhas das plantas, esta dá energia a um electrão que é posteriormente utilizado para apoiar uma reacção bioquímica, como a produção de açúcar. “Se pudéssemos chegar perto de como as plantas fabricam a sua energia, teríamos um grande avanço. É importante para descortinar a estrutura deste ‘nano-mecanismo’ para compreender a sua função”, explica Nelson. O centro de reacção do PSI é um pigmento-proteína responsável pela conversão fotossintética da energia da luz para outra forma de energia, como a química. Estes centros de reacção, milhares dos quais são embalados em cristais, podem ser usados para converter a energia da luz para electricidade e servir componentes electrónicos em uma variedade de dispositivos diferentes. “Pode imaginar-se o nosso espanto e alegria, quando, os cristais colocados em placas cobertas de ouro puderem gerar uma tensão de 10 volts. Isso não vai resolver o problema de energia mundial, mas pode ser montado em interruptores para baixas necessidades de energia solar, por exemplo”, conclui o investigador. Fonte - Boletim Redenergia 04/03/2010 http://www.cfbio.gov.br/noticias.php?id=104 |
Ser Biólogo implica em um esforço diário para se tornar uma pessoa melhor. Nossa profissão é um privilégio: podemos nos aproveitar do convívio com a natureza e da oportunidade que nem todos tem de fazer algo por ela... a ética e os bons valores assumem papel definitivo em nossa jornada.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Novas formas de energia podem chegar através de ervilhas
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